Palma Mater
Muitas espécies nativas foram descritas
e estudadas pelo botânicos do Instituto de Pesquisas Jardim
Botânico do Rio de Janeiro ao longo dos seus 200 anos. Entretanto,
a planta que está mais associada com a imagem do JBRJ é
a palmeira-real.
A primeira palmeira-real (Roystonea oleracea
(Jacq.) Cook) chamada na época Oreodoxa oleracea
M. foi plantada no JBRJ por d. João VI em 1809. O exemplar
foi trazido da Ilha de França do Jardim Gabrielle, presente
de Luiz de Abreu Vieira e Silva ao Príncipe Regente. Desde
então ela é popularmente conhecida como palmeira-imperial
ou real e o exemplar plantado por d. João recebeu o nome
de Palma Mater.
Sua primeira floração foi em 1829.
Na época o diretor do JBRJ, Serpa Brandão, pretendendo
manter o monopólio da espécie mandava retirar os
seus frutos e queimá-los. Entretanto, os escravos durante
à noite colhiam os referidos frutos e vendiam as sementes.
A palmeira-real então se propagou por todo Rio de Janeiro
e posteriormente pelo Brasil, sendo confundida até mesmo
com as espécies de palmeiras nativas.
Em 25 de outubro de 1972 um raio fulminou a Palma
Mater, que naquela época possuía 38,70 m de altura.
Seu tronco, assim como a placa de mármore foram preservados.
Uma amostra do seu estipe foi depositada na xiloteca do JBRJ.
Em seu lugar, em 22 de agosto de 1973 foi plantado outro exemplar,
simbolicamente chamado de Palma Filia por Leonam de Azevedo Penna,
pesquisador do JBRJ em homenagem aos botânicos, na festa
Anual das Árvores.